Pobreza educacional de jovens e pobreza educacional de adultos: uma trilha de reflexão por meio de uma atividade de pesquisa e ação com estudantes universitários

O trabalho discute o tema da pobreza educacional de jovens adotando uma perspectiva crítica, a da pobreza educacional de adultos, que problematiza os pressupostos teóricos e de intervenção vigentes no contexto italiano. Neste sentido, o aumento da pobreza educativa deve-se, por um lado, à insustentabilidade dos atuais modelos socioeconómicos e políticos neoliberais e, por outro, à incapacidade dos modelos culturais e educativos escolares e extraescolares de compreender, assumir e responder às necessidades educativas das gerações mais jovens: necessidades insatisfeitas e inesperadas. Nesse sentido, o trabalho apresenta os resultados de um projeto de pesquisa, ensino e comunicação realizado por um grupo de universitários, em processo de extensão, que envolveu um grupo de pares considerados, segundo os critérios vigentes, em condições de pobreza educacional. Ao nível da pesquisa, os resultados evidenciam o fosso existente entre o mundo dos adultos e o dos jovens no que se refere à falta de participação dos jovens em atividades socioculturais e recreativas que não refletem as suas necessidades e exigências. Em termos de formação e ação, a educação de pares, dentro e fora da universidade, representa uma estratégia de educação popular em relação às trocas comunicativas ativadas entre pares graças ao fortalecimento do vínculo entre “ensino-pesquisa-extensão”.